sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Jardim das lágrimas



Não quero olhar as flores

A visão perdeu o sentido

Tenho tristezas no olhar

Minha mente divaga em pensamentos conflitantes

Os propósitos do coração são turvos

E agora, o que fazer para permanecer pleno?

No momento em que as respostas se enterram no cemitério das lembranças perdidas

As pernas tremem, demonstrando a fragilidade da esperança

O coração acelera, revelando total desespero

As mãos se fecham e se abrem num movimento frenético, parece um balé de corpos caindo no campo de batalha

O olhar busca desesperadamente no horizonte a beleza perdida

Mas, infelizmente, o dia temido chegou

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Perda...

Perdi meu grande amor, na curva da existência

Ela escapuliu por entre os meus sentimentos

Foi arrancada de mim, de forma tão covarde, sorrateira

Partiu nas asas de um dia triste

Dia nefasto

Minha vida balançou na linha tênue da existência

Minha poesia perdeu sua singela simetria

O tempo se tornou apenas mais um adversário a ser vencido

A caminhada ganhou um peso descomunal, sobrenatural

Quando se perde um grande amor, se perde a vida

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Às vezes

Às vezes, mas só às vezes
O silêncio tem o incrível poder de afogar as palavras de eternos apaixonados

Às vezes, não raras às vezes
O silêncio se apresenta de forma tão covarde, sem deixar um laivo de esperança para pessoas que estão vivendo um amor impossível

Às vezes, sim, quase todas às vezes
O silêncio vence a razão e suprime o amor

Às vezes, ou tantas vezes
O silêncio consegue solapar os versos de amor

Às vezes, muitas vezes
O silêncio é tão desnecessário, que nos faz chorar

Às vezes, todas às vezes
O silêncio vence o amor, supera a dor e deixa as palavras perdidas no ar


Outubro - 2008